Eleições na França: Extrema direita lidera com 35% no primeiro turno e esquerda avança; Macron pede ‘união democrática’ no 2° turno



As eleições legislativas na França neste domingo foram marcadas pelo excelente desempenho da extrema direita e de seus aliados de direita no primeiro turno, o que representa uma ótima notícia para Marine Le Pen e seu partido Reagrupamento Nacional (RN). Com estimativas iniciais indicando que o RN e seus aliados conquistaram 34% dos votos, enquanto a Nova Frente Ampla (NFA) de esquerda obteve 28,1% e a coalizão de governo de Emmanuel Macron ficou com apenas 20,3%, a primeira-ministratura pode ainda escapar das mãos do RN devido ao sistema político francês.

Essas eleições, consideradas as mais importantes nas últimas décadas na França, registraram a maior participação do eleitorado desde os anos 1980, com estimativas apontando para mais de 60% de comparecimento às urnas, o que pode influenciar significativamente o sistema eleitoral do país. Com um formato que elege um único representante por distrito eleitoral em dois turnos, o alto comparecimento pode tornar as disputas do segundo turno ainda mais imprevisíveis, especialmente diante da fragmentação da votação.

Com o resultado do primeiro turno, espera-se que apenas de 65 a 85 cadeiras sejam definidas nesta etapa eleitoral, deixando o restante para o próximo domingo. A disputa dos candidatos restantes, que pode envolver dois, três ou mais concorrentes, terá um impacto crucial na configuração final da Assembleia Nacional após o segundo turno, podendo influenciar as alianças entre diferentes campos políticos.

A maior preocupação é a possibilidade de uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, onde é necessário conquistar 289 cadeiras, o que tornaria mais difícil para o RN formar um governo frente a possíveis alianças entre centro e esquerdas. Apesar das previsões do instituto Ipsos Talan apontarem para um possível sucesso do RN com entre 230 e 280 cadeiras, ainda assim não seria suficiente para alcançar a maioria absoluta.

Os veículos de imprensa franceses ressaltam a importância da participação eleitoral no segundo turno e lembram casos anteriores em que as previsões se mostraram equivocadas. Em 2022, por exemplo, o RN conquistou bem mais cadeiras do que o previsto após o segundo turno, o que indica que ainda há muitas reviravoltas possíveis nesse cenário político altamente volátil da França.

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