Desde 2024, o número de cadeiras no Parlamento foi limitado a 630, após uma reforma no sistema eleitoral alemão. Porém, essa reforma foi parcialmente anulada pelo Supremo Tribunal da Alemanha. O eleitorado alemão compreende cerca de 61 milhões de habitantes aptos a votar, sendo que cidadãos alemães no exterior também podem participar do processo eleitoral.
Um ponto importante das eleições na Alemanha é o limite de 5%: partidos que não atingirem esse percentual dos votos não garantem representação no Bundestag. Outra curiosidade do sistema eleitoral alemão é a forma como a formação de um governo e a eleição do chanceler são feitas. Tradicionalmente, o candidato do partido com o maior número de votos torna-se o chanceler. Mas como é improvável que um partido alcance 50% dos votos, coalizões são formadas para garantir um número suficiente de votos no Parlamento.
Após as eleições, qualquer cidadão alemão com pelo menos 18 anos pode se tornar chanceler, mediante a obtenção da maioria dos votos dos legisladores. A Lei Fundamental estipula que a primeira sessão do novo Bundestag ocorra dentro de 30 dias após a eleição, e o presidente é responsável por propor o candidato a chanceler, que deve obter a maioria absoluta dos votos.
Em caso de contestações dos resultados eleitorais, as mesmas podem ser feitas por escrito à comissão de revisão eleitoral do Bundestag em até dois meses após a eleição. A comissão processa todas as contribuições e uma decisão é tomada sobre cada contestação, levando cerca de um ano para todo o processo ser concluído. Menos de 4% dos casos de contestação chegam ao Tribunal Constitucional, sendo que a validade de uma eleição nacional alemã nunca foi invalidada.
Portanto, as eleições na Alemanha apresentam um sistema eleitoral complexo e rígido, que define não apenas os representantes do Parlamento, mas também quem será o futuro chanceler federal. A escolha dos eleitores alemães neste domingo poderá impactar diretamente os rumos do país nos próximos anos.