A saída de Rodrigues abriu espaço para que Samir Xaud, presidente da Federação de Roraima, seja o único candidato na disputa. Com o apoio de 25 das 27 federações estaduais, além de dez clubes das Séries A e B, Xaud não enfrentará concorrência nesta eleição. O outro aspirante, Reinaldo Carneiro Bastos, que preside a Federação Paulista, não conseguiu angariar o número mínimo de apoios necessários para formalizar sua candidatura. Para se inscrever, a nova legislação da CBF, modificada nos últimos anos, exige o apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes. Entretanto, Bastos obviamente não conseguiu atingir essa meta, concentrando seu respaldo somente na Federação Paulista e na do Mato Grosso.
Complicando ainda mais a situação, a decisão judicial que afastou Rodrigues invalida as mudanças estatutárias realizadas anteriormente, fazendo ressurgir regras mais rígidas que exigem apoio de oito federações e cinco clubes para a candidatura. Este protocolo foi consolidado em uma Assembleia Geral Extraordinária realizada no sábado, na qual participaram a maioria das federações, com a ausência da Federação Paulista representando a voz de Bastos.
Com todas as cartas sobre a mesa e a clareza do cenário eleitoral, não há previsões de reviravolta. Assim, a eleição deste domingo se desenha sem surpresas, com Samir Xaud prestes a assumir a presidência da CBF em um mandato que se estenderá até 2029. Essa estabilidade em um cargo de tamanha relevância para o futebol brasileiro promete continuar moldando o futuro da entidade.