O grande desafio para o vencedor será governar em um ambiente político extremamente fragmentado, com um Congresso dividido em que nenhum partido tem maioria. Além disso, a direita tradicional do partido Juntos pela Mudança, liderado pelo ex-presidente Mauricio Macri, governará a maioria das províncias do país, o que torna o cenário ainda mais complexo.
A aliança opositora também entrou em conflito durante a campanha, com alguns setores discordando da decisão de Macri e Bullrich de declarar apoio a Milei no segundo turno. Essa divisão na oposição deve criar um ambiente político ainda mais conturbado para o próximo governo.
Após o primeiro turno das eleições, as duas Casas ficaram ainda mais fragmentadas com o surgimento do partido ultradireitista A Liberdade Avança, de Milei. Isso ameaça agravar ainda mais a falta de consenso e dificultar a aprovação de pautas importantes para o país.
Com um Congresso sem maioria clara, o próximo presidente terá que ser capaz de construir pontes com os governadores de todas as correntes políticas. Nesse sentido, Sergio Massa é apontado como o candidato com mais habilidades políticas e laços partidários para garantir a governabilidade.
A cientista política Lara Goyburu destacou a importância do diálogo com os governadores, especialmente em um cenário de crise econômica e escassez de recursos. Nesse contexto, o apoio e o diálogo com os governadores serão fundamentais para as políticas de estabilização que o próximo presidente deseja realizar.
De acordo com as últimas pesquisas, as eleições na Argentina estão acirradas, com uma disputa acirrada entre Massa e Milei. Independentemente do resultado, o novo presidente terá grandes desafios pela frente e precisará mostrar habilidade política para superar as divisões e promover as mudanças necessárias para o país.