O pleito deste ano foi marcado pelo expressivo aumento de candidatos reeleitos. Dos 3.006 que declararam concorrer à reeleição, 2.444 já garantiram sua permanência no cargo (podendo chegar a 2.474 após o julgamento da justiça eleitoral), resultando em um percentual superior a 81% de sucesso nas urnas. Este cenário sugere que a população não optou por mudanças significativas no comando das cidades, conforme destacou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Historicamente, a taxa de reeleição costumava girar em torno de 60%, exceto no ano de 2016, marcado por uma profunda crise política e econômica, quando a taxa foi de apenas 49%. Considerando o total de candidatos eleitos e não apenas os sujeitos à reeleição, o percentual de candidatos reeleitos foi de 44%.
Os resultados do 1º turno das eleições municipais de 2024 revelaram a eleição de 5.471 prefeitos, juntamente com 46 eleitos sub judice, aguardando decisão da justiça eleitoral, e ainda há 52 disputas de segundo turno em andamento.
No que diz respeito aos partidos, o PSD foi o que obteve a maior quantidade de prefeituras e apresentou o maior percentual de sucesso nas eleições, com 51% de sucesso nas disputas. Além do PSD, outros partidos que se destacaram foram PP (50%), UNIÃO (46%) e MDB (45%). Dos 5.471 candidatos eleitos até o momento, pertencem a 24 partidos políticos diferentes, com 65% dos eleitos sendo filiados apenas a cinco partidos: PSD, MDB, PP, UNIÃO e PL.
Em contrapartida, partidos de centro-esquerda como PDT e PT, apesar do volume expressivo de candidaturas, apresentaram baixa taxa de sucesso. O PSOL, partido com representação no Congresso Nacional, não garantiu nenhuma prefeitura até o momento.
Os estudos anteriores da CNM mostram que as eleições foram marcadas pelo aumento de disputas mais acirradas, com 55% dos municípios tendo apenas dois candidatos na corrida eleitoral, um número recorde de candidaturas únicas (223) e um aumento na representatividade feminina nas próximas gestões municipais.