Élcio explicou que sempre desejou colaborar com as autoridades desde que o caso ganhou repercussão, mas só decidiu fazer a delação quando percebeu a entrada da PF nas investigações. Segundo ele, a presença da Polícia Federal no caso foi vista como uma oportunidade de ser mais efetivo na resolução do caso, pois havia desconfianças em relação à Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O ex-sargento afirmou que não sabia previamente que Ronnie Lessa, o autor confesso do crime, estava planejando o assassinato. Ele alegou que acreditava que a execução era uma questão pessoal de Lessa e que, quanto menos soubesse, melhor para sua segurança. No entanto, durante o depoimento, Élcio disse ter se sentido enganado por Lessa e afirmou ter sido envolvido em uma “rede de mentiras”.
No decorrer do processo, diversas testemunhas já foram ouvidas. Os réus, incluindo Domingos Brazão, Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e Ronald Paulo de Alves Pereira, respondem por homicídio e organização criminosa. Todos estão presos e negam as acusações. As próximas etapas incluem o depoimento de cerca de 70 testemunhas e a oitiva dos réus somente no final do processo.
Élcio Queiroz disse que decidiu colaborar com as autoridades após a entrada da Polícia Federal no caso Marielle, destacando que viu na atuação da PF uma oportunidade para esclarecer os fatos e contribuir com as investigações. Ele também ressaltou que não tinha conhecimento prévio do plano de Ronnie Lessa e que se sentiu enganado por ele. O depoimento de Élcio foi mais uma etapa do processo que busca justiça para o assassinato da vereadora e seu motorista, e novos depoimentos e testemunhos estão previstos para os próximos meses.