Eike, Cabral e mais 10 são indiciados pela PF em inquérito da Operação Eficiência



Eike, Cabral e mais 10 são indiciados pela PF em inquérito da Operação Eficiência

A Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Eficiência, deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros no último dia 26, e indiciou o empresário Eike Batista e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Além deles, outras 10 pessoas foram indiciadas na investigação que apura autoria e materialidade pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa.

Também foram indiciados o irmão do ex-governador, Mauricio Cabral, e a ex-mulher do peemedebista, Susana Neves.

O relatório conclusivo do inquérito foi encaminhado na terça-feira à Justiça Federal, juntamente com todo o material produzido no decorrer das investigações.

O empresário chegou à Superintendência da Polícia Federal no Rio às 9h22m para depor. Mas segundo seu advogado, ele permanecerá calado no depoimento de hoje e deve prestar os esclarecimentos apenas em juízo.

A Operação Eficiência apura esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo do Estado do Rio na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. No último dia 26, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e quatro de conduções coercitivas. Entre os principais alvos estava o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, além do ex-governador, que já está preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu. Os mandados foram expedidos pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas.

Um dos detidos na operação é Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike Batista e ex-vice-presidente de futebol do Flamengo. Ele é acusado de ser um dos operadores do esquema, através da ocultação e lavagem de dinheiro das propinas.

Também foram presos preventivamente Sérgio de Castro de Oliveira, chamado Serjão, operador do esquema; Thiago Aragão, sócio do escritório de Adriana Ancelmo, o doleiro Álvaro José Galliez Novis e o publicitário Francisco de Assis Neto, o Kiko.

Tiveram o mandado de prisão expedido, mas já estão presos, o ex-secretário de governo Wilson Carlos, e o operador Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, além de Cabral. Todos alvos da Operação Calicute.

Os agentes também cumpriram mandados de condução coercitiva contra Maurício de Oliveira Cabral Santos, irmão do ex-governador, e Susana Neves Cabral, ex-mulher de Sérgio Cabral, além do operador do mercado financeiro Eduardo Plass, e Luiz Arthur Andrade Corrêa, preso na 34ª fase da operação Lava-Jato, em setembro.

A operação foi batizada de Eficiência por causa da primeira conta de Cabral no exterior para esconder dinheiro desviado dos cofres públicos, que levava o mesmo nome, e era da agência do Israel Descont Bank, em Nova York.

Veja a lista de indiciados:

Corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Sérgio Cabral – ex governador

Wilson Carlos – ex-secretário de Governo

Carlos Emanuel Miranda – apontado como um dos operadores de Cabral

Luiz Carlos Bezerra – apontado como um dos operadores do esquema

Lavagem de dinheiro e organização criminosa

Sérgio de Castro Oliveira – apontado como um dos operadores de Cabral

Álvaro Novis – doleiro

Thiago Aragão – ex-sócio de Adriana Ancelmo

Francisco de Assis Neto – apontado como um dos operadores

Mauricio Cabral – irmão de Cabral

Corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Eike Batista – empresário

Flávio Godinho – ex-sócio de Eike

Lavagem de dinheiro

Susana Neves – ex-mulher de Cabral

o globo
08/02/2017

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