No entanto, a situação em Gaza continua grave. Justamente no dia em que Sisi fez o anúncio, ataques aéreos e terrestres realizados pelas forças israelenses resultaram na morte de 45 palestinos, elevando o número total de vítimas a níveis alarmantes. Desde o início do conflito, desencadeado pela incursão do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2024, já se reportam cerca de 43.000 mortos nas operações de retaliação pelo exército israelense. Este cenário catastrófico ocorre em um enclave densamente povoado, que se encontra em ruínas após semanas de intensos combates.
A proposta egípcia não visa apenas uma troca imediata, mas também um passo inicial para reabertura das negociações de paz. Al-Sisi indicou que, se o cessar-fogo de curto prazo for implementado com sucesso, espera-se que as partes interessadas retomem as discussões para um acordo mais abrangente ao longo de um mês. No entanto, este objetivo enfrenta desafios significativos, uma vez que Israel manteve a firme posição de que seu objetivo estratégico é erradicar o Hamas como uma entidade militar e política em Gaza.
Os Estados Unidos, o Catar e o Egito estão entre as principais nações mediadoras na busca de um fim para o conflito, visando estabilizar a região. Contudo, a complexidade da situação e as profundas divisões entre os lados dificultam a criação de um ambiente propício para a paz duradoura. O apelo à diplomacia e ao diálogo se torna cada vez mais urgente em um cenário onde a violência continua a ceifar vidas e gerar um impacto devastador na população civil.