O reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner, enfatizou em sua declaração que a universidade já havia se posicionado em anteriores ocasiões contra a crise humanitária na Faixa de Gaza. Montagner ressaltou que a rescisão do convênio representa uma reafirmação do posicionamento da universidade contra o que considera ser um genocídio da população palestina. A diretoria da instituição alinhou sua decisão ao discurso do governo brasileiro, que condena as ações israelenses, além de se sentir parte de um movimento global entre universidades que expressam sua insatisfação com a situação na região.
O acordo anteriormente existente previa a colaboração em diversos projetos de pesquisa e o intercâmbio de docentes, alunos de graduação e pós-graduação, destacando uma relação de cooperação acadêmica que agora se finda. A medida da Unicamp se insere em um contexto mais amplo de reflexão sobre ações e posicionamentos de instituições de ensino em relação a questões internacionais e direitos humanos.
A Embaixada de Israel no Brasil foi contactada e, até o momento, não emitiu qualquer comentário sobre o rompimento do convênio. O canal de comunicação permanece aberto para futuras manifestações. Este desdobramento evidencia o crescente interesse e a preocupação das instituições educacionais em dialogar sobre questões que ultrapassam as fronteiras acadêmicas, refletindo um posicionamento ético diante de crises humanitárias e de justiça social. A comunidade acadêmica, portanto, observa com atenção os desdobramentos dessa iniciativa que pode inspirar outros atos semelhantes em âmbito global.