Na faixa etária de 0 a 3 anos, o percentual de crianças matriculadas cresceu de 36% em 2022 para 38,7% em 2023. Já entre as crianças de 4 e 5 anos, que têm a matrícula obrigatória de acordo com a legislação nacional, o aumento foi de 91,5% para 92,9%. Esses dados são parte da Síntese de Indicadores Sociais 2024, um estudo abrangente do IBGE que analisa as condições de vida da população brasileira.
Uma das constatações da pesquisa foi a disparidade na frequência escolar entre as regiões do país. Enquanto a região Sul e Sudeste registraram os maiores percentuais de crianças matriculadas, com 45,6% e 45,5% respectivamente, a região Norte apresentou o menor índice, com apenas 20,9% das crianças matriculadas.
Apesar do aumento na frequência escolar, a pesquisa revelou que ainda há um longo caminho a percorrer para atingir as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Para a faixa etária de 0 a 3 anos, o PNE prevê que 50% das crianças estejam matriculadas, uma meta que ainda não foi alcançada.
Além disso, a pesquisa também abordou o abandono escolar entre jovens de 15 a 29 anos. Em 2023, cerca de 9,1 milhões de jovens abandonaram os estudos sem concluir a educação básica, sendo a necessidade de trabalhar a principal razão apontada para o abandono. A pesquisa destaca a importância de políticas educacionais e sociais que incentivem a permanência dos jovens na escola e garantam o acesso à educação de qualidade para todos.
Em meio a esses desafios, a pesquisa do IBGE ressalta a importância de investimentos contínuos na educação e no desenvolvimento de políticas públicas que promovam a inclusão e o acesso igualitário à educação em todas as regiões do país. Com a divulgação desses dados, torna-se evidente a necessidade de ações coordenadas e eficazes para garantir que todas as crianças e jovens brasileiros tenham acesso a uma educação de qualidade e possam desenvolver todo o seu potencial.