EDUCAÇÃO – Rio de Janeiro Celebra Formação da Primeira Turma de Magistério Indígena em Cerimônia Histórica na Aldeia Sapukai



O estado do Rio de Janeiro celebrou um marco significativo na educação ao formar a primeira turma de magistério indígena, composta por 16 estudantes do Colégio Indígena Estadual Guarani Karai Kuery Renda, localizado na aldeia Sapukai, em Angra dos Reis. A cerimônia, que ocorreu recentemente, foi um momento de grande importância para a comunidade local e para a educação indígena no estado, destacando a união de esforços entre a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

O convênio entre as duas instituições foi fundamental para a realização desse programa de formação, onde coube à Secretaria oferecer a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece as aprendizagens essenciais para a educação básica em todo o Brasil. Por outro lado, a UFF contribuiu significativamente com a parte técnico-pedagógica, garantindo que a formação dos novos educadores atendesse às necessidades e particularidades da comunidade.

Roberta Barreto, secretária de Educação do Rio de Janeiro, expressou sua satisfação em comemorar um momento que ela considera histórico. Em seu discurso, destacou a importância da formação para a reparação histórica na educação indígena, especialmente em um colégio que é reconhecido como o maior do gênero no estado. Barreto fez um apelo de congratulações aos graduados, que agora têm a oportunidade de atuar tanto em sua escola quanto em outras unidades educacionais, promovendo a educação de qualidade para sua comunidade.

A cerimônia de entrega dos certificados foi enriquecida por tradições locais, com a realização de cânticos sagrados, palestras sobre as conquistas da educação indígena e apresentações culturais, como a capoeira. Domingos Júnior, diretor-geral do colégio, também reforçou a relevância do convênio, enfatizando o avanço significativo dos últimos anos e a satisfação da comunidade com os progressos na educação indígena.

Tânia Borges, diretora regional pedagógica da Sul Fluminense, acrescentou que esta formação não apenas viabiliza a disseminação dos conhecimentos e saberes tradicionais, mas também proporciona uma educação em que os indígenas se escolarizam com base em suas próprias culturas, abrangendo as línguas guarani mbyá e portuguesa. Essa iniciativa ressoa profundamente com a necessidade de preservar os direitos e a dignidade dos povos originários, refletindo uma valorização e respeito necessários para a construção de uma sociedade mais justa.

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