Uma das principais mudanças propostas é a ampliação da carga horária da formação geral básica nos três anos do Ensino Médio para 2,4 mil horas, sendo que outras 600 horas serão destinadas aos itinerários formativos, onde os alunos poderão escolher disciplinas opcionais. Com isso, a carga horária total será de 3 mil horas, distribuídas em 200 dias letivos de cinco horas cada.
Essa reforma atende a uma demanda da comunidade escolar e de entidades ligadas à Educação, que se mobilizaram e pressionaram por mudanças devido à insatisfação com o modelo de Ensino Médio implementado em 2022, que reduziu a formação geral para 1,8 mil horas.
Outra mudança significativa no novo Ensino Médio é a restrição dos itinerários formativos. Agora, eles deverão seguir diretrizes nacionais a serem elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Além disso, a partir de 2027, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) cobrará conteúdos dos itinerários formativos, ampliando o escopo de avaliação dos estudantes.
No que diz respeito às línguas estrangeiras, o texto final aprovado manteve o inglês como língua estrangeira obrigatória, rejeitando a proposta do Senado de incluir o espanhol. No entanto, o espanhol poderá ser ofertado de acordo com a disponibilidade dos sistemas de ensino.
Por fim, outra medida importante incluída na reforma é a exigência de que cada município brasileiro mantenha ao menos uma escola com oferta de Ensino Médio regular noturno, desde que haja demanda comprovada por esse turno nas matrículas realizadas nas secretarias de educação.
Com todas essas mudanças, a expectativa é de que o novo Ensino Médio traga benefícios para os estudantes e contribua para a melhoria da qualidade da educação no Brasil. A sanção presidencial é aguardada para que as alterações propostas possam ser efetivamente implementadas.









