De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC), o Pé-de-Meia é considerado atualmente a maior política de combate à desigualdade social do país, perdendo apenas para o programa Bolsa Família, e conta com um investimento anual de R$ 12,5 bilhões. O estado de São Paulo lidera o ranking de beneficiados, com 538.604 estudantes, seguido pela Bahia, com 410.639, e Minas Gerais, com 351.666.
O programa foi criado com o intuito de reduzir a taxa de repetência no ensino médio, que atingia 3,9% segundo o Censo Escolar de 2023, além de combater a evasão escolar, que afetava 5,9% dos estudantes nessa etapa. Os dados também revelam que as populações mais vulneráveis, como a educação quilombola e indígena, são as mais impactadas, apresentando altas taxas de repetência e evasão.
Os motivos que levam os estudantes a abandonarem os estudos estão relacionados à necessidade de trabalhar para contribuir com a renda familiar e à dificuldade em acompanhar as atividades escolares. Em uma pesquisa realizada pelo Ipec para o Unicef, 48% dos adolescentes entrevistados abandonaram a escola por precisarem trabalhar.
O ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a importância do programa Pé-de-Meia como uma iniciativa para tornar a escola mais atraente e acessível a todos. Além dos incentivos financeiros mensais e anuais, os estudantes recebem um adicional pela participação no Enem, totalizando um benefício de R$ 9,2 mil por aluno ao longo do ensino médio.
A adesão dos estudantes ao programa é realizada por meio de um termo de compromisso assinado pelas redes de ensino, que informam os dados dos estudantes ao MEC. Com um número expressivo de beneficiados em todo o país, o Pé-de-Meia se destaca como uma importante iniciativa para estimular a conclusão do ensino médio e combater as desigualdades educacionais.