Em entrevista à Agência Brasil, Canedo explicou que as comportas não estão operando e a falta de manutenção nos últimos dez anos tornou a infraestrutura inoperante. A chuva forte que caiu nos últimos dias, combinada com o sistema de escoamento inativo e o acúmulo de lixo contribuem para o cenário caótico de inundações na região. O professor destacou que, se o sistema estivesse em pleno funcionamento, o problema seria minimizado.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) apontou que a Baixada Fluminense está situada abaixo do nível do mar da Baía de Guanabara, o que pode causar inundações e dificultar o escoamento da água. O Inea informou que foram instaladas três bombas em Duque de Caxias para ajudar no extravasamento da água acumulada.
Paulo Canedo ressaltou que a Baixada Fluminense não tem um relevo confortável e apontou a importância do Projeto Iguaçu, que foi desenvolvido entre os anos de 2005 e 2006 em cooperação com o governo fluminense. O projeto tinha como objetivo controlar as constantes inundações na região, recebendo investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
O professor destacou que, apesar dos obstáculos e da crise econômica enfrentada pelo estado do Rio de Janeiro, o Projeto Iguaçu é uma conquista que não pode ser abandonada. Ele acredita na retomada do projeto no futuro, ressaltando a importância de não desperdiçar os investimentos já realizados.
O Projeto Iguaçu inclui a realização de obras físicas, como barragens e diques, a partir de uma análise da bacia hidrográfica como um todo, visando evitar a realização de obras que apenas deslocariam o problema para outras localidades. Em resumo, a combinação de problemas no sistema de drenagem, acúmulo de lixo, falta de manutenção e a crise econômica têm contribuído para a situação de inundações na Baixada Fluminense. A retomada do Projeto Iguaçu é vista como essencial para lidar com as enchentes na região.