O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) critica esse método, alegando que retira a autonomia dos professores. Por esse motivo, convocou os profissionais a não utilizarem as plataformas ao longo da próxima semana. No entanto, é importante ressaltar que o sistema consegue identificar se o material foi utilizado em sala de aula, tornando os acessos à plataforma um dos critérios de avaliação das escolas e dos professores.
O presidente da Apeoesp, Fábio Moraes, ressalta que a padronização imposta pelo aplicativo não leva em consideração as particularidades e a diversidade das escolas do estado de São Paulo. Ele ainda destaca que o método adotado leva ao abandono dos livros didáticos e limita a criatividade dos professores na abordagem dos conteúdos em sala de aula.
Além disso, Moraes aponta a falta de qualidade no material didático oferecido pela Secretaria de Educação do estado. Erros grosseiros foram identificados, como informações equivocadas sobre a história do Brasil e equívocos na abordagem de temas de saúde. Para o sindicalista, os profissionais têm capacidade para elaborar material de qualidade e a utilização de inteligência artificial na produção de conteúdo não substitui a criatividade e expertise dos professores.
Diante disso, o governo estadual anunciou o uso de ferramentas de inteligência artificial na elaboração do material didático para a rede estadual. No entanto, a decisão gerou preocupações e críticas por parte dos professores, que defendem a valorização da autonomia docente e a busca por materiais de qualidade para o ensino.
A repercussão negativa em torno do uso de plataformas digitais e da qualidade do material didático evidencia a importância do debate sobre a educação no estado de São Paulo. A reportagem aguarda posicionamento da Secretaria Estadual de Educação em relação às demandas dos professores e à mobilização em curso.