Os professores ressaltaram tanto aspectos positivos quanto negativos do impacto da tecnologia na educação. Entre os principais benefícios citados estão o acesso rápido à informação, enquanto as dificuldades decorrem da dispersão dos estudantes, que se tornam mais dependentes de ferramentas de pesquisa e respostas imediatas, perdendo a capacidade de resolver problemas e desenvolver habilidades como resiliência e paciência.
A falta de estrutura nas escolas e a escassez de formação adequada para os professores também foram apontadas como obstáculos ao uso efetivo da tecnologia. Questões como a falta de internet, laboratórios de informática inadequados e até a restrição ao acesso de celulares prejudicam a integração dessas ferramentas no ensino.
Além disso, os docentes relatam que a presença das tecnologias tem gerado distrações nos alunos, dificultando o engajamento e a concentração durante as aulas. Essa realidade é reflexo da rápida evolução tecnológica e do descompasso entre a velocidade de absorção das novas tecnologias pelos estudantes e a adaptação do ambiente escolar a essas mudanças.
Diante desse cenário, o Semesp também divulgou dados sobre as áreas de interesse dos jovens no ensino superior. A pesquisa evidenciou que cursos relacionados à computação e tecnologias da informação lideram a preferência dos estudantes, seguidos pela área de saúde e bem-estar. Com base nesses resultados, o diretor executivo do Instituto, Rodrigo Capelato, propõe a criação de cursos técnicos para incentivar a continuidade dos estudos, especialmente entre os estudantes de baixa renda.
O programa Pé-de-Meia, lançado pelo governo federal, surge como uma alternativa para estimular a conclusão do ensino médio e facilitar o acesso ao ensino superior. A proposta de oferecer cursos técnicos nas instituições de ensino superior é vista como uma forma de reduzir a evasão escolar e preparar os estudantes para a transição entre os diferentes níveis de ensino. Assim, a integração das tecnologias no ambiente educacional ganha cada vez mais relevância, enquanto desafios estruturais e pedagógicos demandam soluções efetivas para garantir uma formação de qualidade aos estudantes.