EDUCAÇÃO – “Novo Livro Propõe Estratégias de Segurança e Gestão de Crises para Proteger Crianças nas Escolas Brasileiras”

Recentemente, um grupo de 33 especialistas, incluindo advogados, administradores, diretores de escolas, empresários, engenheiros, profissionais de segurança, jornalistas, militares, psicólogos, professores e servidores públicos, lançou o livro digital intitulado “Escolas em Alerta”. Esta obra tem como principal objetivo discutir estratégias de segurança e gestão de crises, visando fortalecer a proteção da infância e combater a violência nas escolas brasileiras.

A iniciativa é organizada pela Cosafe, uma empresa especializada em tecnologia para o gerenciamento de incidentes críticos em organizações. O livro apresenta propostas direcionadas a educadores, gestores escolares, autoridades e famílias que buscam promover ambientes escolares mais seguros e acolhedores. A diretora executiva da Cosafe e uma das autoras, Ana Flavia Bello Rodrigues, enfatiza que a análise dos riscos abrange tanto escolas públicas quanto privadas. Ela alerta que as questões relacionadas à proteção escolar vão além da violência urbana, incluindo diversos fatores que afetam o ambiente escolar.

Ana Flavia aponta que os problemas enfrentados nas escolas não se restringem a atos de violência extrema, como tiroteios cometidos por agressores ativos, mas incluem uma gama de situações preocupantes, como acidentes, uso de drogas, suicídio, automutilação e questões de saúde mental. Ela observa que muitos problemas têm origem dentro das próprias casas dos estudantes, onde negligência e abandono podem gerar um ciclo de sofrimento que se reflete nas relações interpessoais na escola.

Ademais, a crescente influência das redes sociais na saúde mental dos alunos tem exacerbado o bullying e outras formas de violência nas instituições de ensino. A especialista ressalta que os maiores riscos ocorrem dentro das escolas, onde a agressão entre alunos e até a funcionários já se tornaram situações recorrentes.

Um recente anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, voltado especificamente para a violência nas escolas, revelou uma percepção alarmante sobre a insegurança vivida por professores e diretores. O estudo aponta que registros de tiroteios ou balas perdidas ocorreram em pelo menos 1,7% das escolas do país, enquanto 2,3% relataram casos de assédio sexual. Apesar de parecerem números baixos, isso indica que milhares de alunos, professores e funcionários têm a violência como uma experiência marcante em suas trajetórias escolares.

O anuário também destacou os enormes desafios que o sistema educacional enfrenta para garantir sua função social em um cenário tão conflituoso. A educação deve cumprir seu papel de promover o saber de maneira crítica, ao mesmo tempo que capacita os estudantes para a participação cidadã na sociedade. Assim, é fundamental que as discussões sobre segurança e proteção nas escolas sejam intensificadas, garantindo um ambiente propício para o aprendizado e o desenvolvimento sadio das crianças e adolescentes.

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