No Rio de Janeiro, o Encontro Internacional de Educação Midiática discutiu o tema “Direitos Humanos, Meio Ambiente e Democracia na Era da Inteligência Artificial”, reunindo gestores públicos, representantes de organizações sociais, jornalistas e educadores. Durante o evento, foi destaque a necessidade de políticas públicas que priorizem a educação midiática como um direito fundamental, fundamental para defender a democracia e combater a desinformação.
A chefe da Unidade de Alfabetização Midiática e Informacional e Competências Digitais da Unesco, Adeline Hulin, alertou para os riscos das informações produzidas por inteligência artificial, exemplificando com uma pesquisa da London School of Economics and Political Science. A pesquisa mostrou como o Chat GPT atribuiu características estereotipadas a homens e mulheres em um contexto profissional, evidenciando os viés presentes nesses algoritmos.
No cenário educacional brasileiro, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece a necessidade de os estudantes desenvolverem habilidades críticas em relação às tecnologias da informação e comunicação. No entanto, o secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares, ressaltou os desafios enfrentados pelas escolas na formação de uma cultura de leitura e na inclusão da tecnologia no ensino.
O governo federal anunciou a criação da Estratégia Brasileira de Educação Midiática, com a meta de formar 300 mil profissionais da educação e 400 mil profissionais da saúde nessa área. Além disso, será promovida a primeira Olimpíada Brasileira de Educação Midiática, voltada para estudantes de todas as escolas. O evento reforçou a importância da educação midiática como um pilar essencial para enfrentar os desafios da desinformação na sociedade atual.