Esses dados foram obtidos a partir do Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Cedra disponibilizará todas as informações coletadas em seu site a partir da próxima terça-feira (19).
Um dos pontos cruciais destacados pelo Cedra é a necessidade de obter dados precisos sobre o perfil dos estudantes, a fim de dimensionar o impacto do racismo e das desigualdades existentes na educação. A declaração de cor-raça tem se mostrado uma ferramenta essencial para a realização de levantamentos mais completos.
Além disso, o diagnóstico elaborado pelo Cedra também aponta para o papel das cotas como fator determinante para o aumento da presença da população negra nas universidades públicas. De 2014 a 2019, a porcentagem de pretos e pardos nessas instituições subiu de 26% para 43%, superando a presença de brancos nas salas de aula.
O estudo também revela disparidades entre homens e mulheres negras e brancas no ensino superior, assim como a diferença na aceitação de negros em determinados cursos, como Engenharia Civil, Elétrica e Mecatrônica. Esses dados refletem a importância de políticas públicas e ações afirmativas para promover a inclusão e a equidade racial no ambiente acadêmico.