Durante a apresentação, o ministro detalhou que o orçamento, aprovado pelo Congresso Nacional, havia sofrido um corte de R$ 340 milhões em relação ao que havia sido inicialmente proposto pelo governo. Para mitigar essa situação, o Ministério da Educação se comprometeu a recompor não apenas os R$ 400 milhões, mas também a incluir um acréscimo de R$ 60 milhões. Santana enfatizou que as instituições não sofrerão cortes ou bloqueios em seus orçamentos em 2025, reiterando o compromisso do governo com a continuidade do funcionamento adequado das universidades e institutos federais.
Um ponto crucial abordado pelo ministro foi o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas não obrigatórias no orçamento, que não impactará as instituições federais de ensino. Ele reforçou que, desde o início de seu mandato, as universidades não enfrentaram cortes, e isso se manterá para o próximo ano.
As universidades estavam enfrentando desafios financeiros, especialmente com o mecanismo de liberação de verbas discricionárias limitado, a uma fração do total mensalizado. Contudo, Santana destacou que a partir de agora essa restrição será flexibilizada, permitindo que as universidades recebam os recursos de maneira mais consistente.
Além disso, o ministro mencionou a expansão de unidades educacionais, o reajuste de bolsas e o aumento salarial de professores e técnicos, sublinhando os esforços do governo para afrontar as queixas recorrentes dos reitores em relação ao orçamento. Apesar do aumento no orçamento geral nos últimos anos, a insatisfação persiste, especialmente quando se considera o orçamento discricionário, que ainda não foi ajustado em conformidade com a inflação, permanecendo abaixo dos níveis de 2014.
Por fim, Santana anunciou a intenção de desenvolver um projeto de lei que garanta uma maior sustentabilidade orçamentária para o ensino superior, similar ao que existe para a educação básica. A criação de um grupo de trabalho também foi proposta, com o objetivo de aumentar a eficiência das instituições federais, abordando questões tanto de gestão acadêmica quanto de uso de recursos financeiros. O ministro ainda defendeu um planejamento mais assertivo para garantir um futuro mais sólido às universidades e seus reitores.