Antes da abertura dos portões, dezenas de estudantes aguardavam do lado de fora dos locais de prova. A maioria preferiu antecipar o horário de chegada por morar longe e ter que enfrentar horas de transporte público. Enquanto alguns estavam mais confiantes, outros estavam mais tensos, mas praticamente todos compartilhavam a ansiedade em relação às provas de matemática e ciências da natureza.
Maicon Santos, 18 anos, veio de Teresópolis, na região serrana, para fazer as provas no Rio de Janeiro. Foram pelo menos três horas de ônibus. Ele quer fazer faculdade de biologia e apesar da preocupação com o calor, está confiante porque se preparou bem para a prova.
Kayene Leite, também 18 anos, moradora do bairro do Recreio, chegou cedo com medo de perder a prova. Ela quer cursar relações internacionais e afirmou que apesar da ansiedade, está mais confiante nas provas de hoje nas áreas de exatas do que estava na redação e nas provas de humanas.
Além dos estudantes que estão terminando ou acabaram de concluir o ensino médio, há aqueles mais velhos que buscam uma nova carreira ou a realização de um sonho antigo. É o caso de Andrea Costa, 52 anos, que pretende cursar direito. Ela admitiu que ingressar na universidade seria um novo passo em um processo difícil de mudança de vida.
Márcia Boaventura, de 51 anos, sonha em cursar medicina em uma universidade pública. Ela confessou que não estudou muito para as provas, mas mesmo assim tem esperança de se sair bem.
Esses relatos refletem a variedade de desafios e experiências dos participantes do Enem, mostrando a determinação de cada um em buscar o seu espaço na educação superior.
