Em uma reunião de trabalho da Secretaria de Educação, Furlan foi gravado dizendo que “o cadeirante que não mexe nenhum membro, todinho torto, todinho deficiente, não tem condição de aprender nada”. Para ele, a inclusão de estudantes com necessidades especiais, especialmente aqueles com autismo, significaria um desafio adicional, comparando a carga que uma criança autista representa com o de “20 alunos a mais”. Sua fala fez referência a mães que, segundo ele, estariam mais preocupadas em “se livrar” dos filhos do que buscar sua inclusão efetiva no sistema educacional.
A repercussão negativa foi instantânea, levando a prefeitura a tomar uma decisão rápida em relação à sua permanência no cargo. Após sua demissão, Furlan divulgou uma nota em que se defendeu, alegando que suas declarações foram tiradas de contexto. Ele ressaltou que a reunião na qual fez as afirmações tinha como objetivo discutir melhorias na educação inclusiva, destacando a importância de criar ambientes escolares adequados para que alunos com deficiências possam desfrutar de um aprendizado mais eficaz.
Furlan ainda afirmou que Barueri é reconhecida como referência em educação inclusiva e que seu comentário não refletia a realidade dos esforços locais para avançar nesta área. O caso levanta questões relevantes sobre a educação de pessoas com deficiência e a importância do discurso responsável por parte de figuras públicas, especialmente em um contexto que busca cada vez mais a inclusão e o respeito à diversidade. A exoneração do secretário é um passo da administração para preservar a imagem da cidade e reafirmar seu compromisso com a educação de todos os alunos, independentemente de suas condições.