No entanto, mesmo com essas melhorias, ainda persistem algumas assimetrias históricas, como a diferença na remuneração entre mestres e doutores do sexo feminino em comparação com seus colegas do sexo masculino. Além disso, a proporção de pessoas com essas qualificações ainda é considerada baixa na sociedade brasileira.
Um dos pontos positivos destacados no estudo é a descentralização da pós-graduação no país. Em 1996, a Região Sudeste concentrava a maioria dos cursos de mestrado e doutorado, porém, ao longo dos anos, houve uma diminuição significativa nessa concentração. Essa desconcentração também teve reflexos no mercado de trabalho formal, com uma mudança na distribuição de mestres e doutores empregados.
A presença feminina na pós-graduação é outro destaque do estudo, que aponta um aumento na participação de mulheres tanto em cursos de mestrado quanto de doutorado. No entanto, a questão da desigualdade salarial ainda é uma realidade, com as mulheres recebendo remunerações mais baixas em comparação com os homens.
Outro ponto abordado no estudo é a demanda por profissionais qualificados por parte das empresas privadas, que passaram a ter um papel mais relevante na contratação de mestres e doutores. Setores estratégicos, como a indústria de transformação, estão cada vez mais buscando profissionais com formação acadêmica avançada para impulsionar a inovação e a competitividade.
No geral, embora haja avanços na formação de mestres e doutores no Brasil, ainda existem desafios a serem superados, como a ampliação do número de titulados por habitante e a redução das desigualdades de gênero na remuneração. O estudo do CGEE fornece uma análise detalhada dessas questões e pode ser consultado no site oficial do centro.