O Andes enviou um formulário para as seções sindicais, secretarias regionais e comandos locais de greve, questionando se os professores devem aceitar as proposições do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Ministério da Educação. Além disso, questionou se a categoria deve continuar em greve ou buscar uma saída coletiva junto ao sindicato.
Dentre os pontos da proposta do governo para a categoria, está a recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, reajuste de benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche, e aumento linear proposto até 2026. O governo argumenta que o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal resultará em um aumento total entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos.
A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026, totalizando um aumento de 21,5% no acumulado de quatro anos. O governo afirmou ter melhorado a oferta em todos os cenários e declarou que os professores terão aumento acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026.
Recentemente, o Ministério da Educação se comprometeu a revogar a Portaria 983, de novembro de 2020, que aumentava a carga horária mínima semanal dos docentes, após o término da greve dos professores. Além disso, anunciou investimentos em melhorias na infraestrutura de universidades federais, hospitais universitários e na criação de novos campi universitários em todas as regiões do país. Essas ações fazem parte do novo PAC, totalizando R$ 5,5 bilhões em investimentos.
Assim, a categoria dos professores universitários está em um momento crucial de decisão sobre as propostas apresentadas pelo governo e a continuidade ou não da greve, demonstrando a importância da organização e mobilização sindical para conquista de melhorias para a categoria.