O supervisor de projetos de ciência de dados do NIC.br, Paulo Kuester Neto, ressaltou a importância da tecnologia da informação nas escolas e a necessidade de uma conexão adequada para atender a demanda de alunos e professores. Ele explicou que a velocidade da internet influencia diretamente nas atividades realizadas em sala de aula, como assistir vídeos, navegar na internet ou acessar redes sociais.
Kuester Neto destacou que, embora tenha havido progressos na oferta de internet nas escolas públicas nos últimos anos, ainda há espaço para melhorias. Ele elogiou os esforços do Ministério da Educação (MEC) nesse sentido e ressaltou que a medição da velocidade de conexão nas escolas, realizada pelo NIC.br, é incentivada pelo MEC.
De acordo com os dados da pesquisa, a média de velocidade de download por aluno no maior turno escolar aumentou de 0,19 Mbps para 0,26 Mbps, entre 2022 e 2023. Além disso, foi observado que existem diferenças regionais, com o Norte apresentando menor cobertura e qualidade de conexão, enquanto os estados do Sul e Centro-Oeste possuem as velocidades mais altas.
Com base nas informações do Censo Escolar da Educação Básica, o NIC.br constatou que 89% das escolas estaduais e municipais do país estão conectadas à internet, porém apenas 29% possuem computadores, notebooks ou tablets para os alunos acessarem a rede. Em média, há um dispositivo para cada dez estudantes no maior turno escolar. A Enec estabeleceu recentemente metas para a conexão de internet nas escolas, e o governo federal tem se esforçado para alcançá-las. A pesquisa do NIC.br demonstra que ainda há desafios a superar para garantir uma conexão de qualidade em todas as escolas do país.