De acordo com o estudo, as escolas com pelo menos 65% dos estudantes classificados participando da segunda fase da Obmep têm registrado maiores taxas de aprovação de seus alunos e menores distorções na equivalência entre idade e série. Isso demonstra que o aprendizado em matemática nessas instituições beneficia não apenas os alunos que se destacam na disciplina, mas toda a turma.
Os resultados também apontam para uma desigualdade interna em escolas que tiveram alunos conquistando prêmios na Obmep, mas não registraram alta participação. Nessas situações, apesar do aumento das médias no Enem, houve uma maior discrepância entre as notas dos alunos, o que evidencia a importância da mobilização gerada pela competição.
Além disso, o estudo avaliou o desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que produz indicadores educacionais em níveis governamentais. As escolas com alunos premiados na Obmep registraram médias superiores no Saeb em comparação com aquelas que não participaram ou não foram premiadas, reforçando a influência positiva da participação na competição.
Diante desses dados, é fundamental destacar a importância da Obmep como uma política pública essencial para promover o ensino da matemática no país. A competição, que ocorre desde 2005 e envolve milhares de escolas em todo o Brasil, tem se mostrado como um instrumento eficaz para estimular o aprendizado dos alunos e contribuir para a melhoria da qualidade da educação.
O estudo também aponta a necessidade de políticas públicas que envolvam melhorias estruturais e formação continuada dos professores, visando fortalecer os resultados positivos obtidos pela participação na Obmep. Experiências bem-sucedidas, tanto no Brasil quanto no exterior, podem servir de exemplo para serem replicadas e assim contribuir para uma educação de qualidade e mais igualitária para todos os estudantes.