Entre essas histórias, encontramos Maria Cícera da Conceição Silva, de 55 anos, que interrompeu os estudos para cuidar dos pais acamados. Agora, ela se dedica aos estudos com um sonho em mente: tornar-se veterinária. As aulas são ministradas perto de sua casa, no Sítio Barbosa, graças à proximidade da professora alfabetizadora Cícera do Nascimento, facilitando o processo de ensino.
Outro exemplo é José Noé, de 44 anos, que estuda no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua, conhecido como Centro Pop 3. Ele aproveitou a iniciativa para aprender a escrever seu nome, além de se apaixonar pelas aulas de matemática e português. A história de Enaldo da Silva Lopes, de 54 anos, é semelhante. Após anos trabalhando com reciclagem, ele voltou a estudar para superar a dificuldade de não ler durante o dia a dia.
O programa, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação de Maceió em parceria com o Ministério da Educação, busca reduzir o analfabetismo em espaços variados como igrejas, centros comunitários e associações. Com cursos de 12 meses e uma bolsa para os alfabetizadores, a iniciativa também impulsiona a continuidade dos estudos para jovens e adultos.
A busca pela alfabetização vai além do aprendizado das palavras, é um caminho para a reinserção social e uma ferramenta poderosa para garantir os direitos básicos do cidadão. Com esse propósito, as matrículas continuam abertas, reafirmando a importância de que todos, independente da idade, tenham acesso ao conhecimento e à dignidade proporcionada pela educação.