EDUCAÇÃO: Alagoas Avança na Educação Indígena com Criação de Carreira para Professores e Novas Escolas

A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) está analisando uma proposta inovadora que busca valorizar e garantir os direitos dos educadores indígenas no estado. Trata-se do Projeto de Lei nº 395/24, apresentado pela deputada estadual Fátima Canuto, que visa criar uma carreira específica de professor indígena no quadro do Magistério Público de Alagoas. A proposta já superou uma etapa importante ao ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora aguarda relatoria na Comissão de Educação.

O objetivo central do projeto é respeitar e promover os direitos das comunidades indígenas à educação em suas línguas maternas e secundárias, além de preservar os processos próprios de aprendizagem dessas culturas. O professor indígena, de acordo com o projeto, terá um papel multifacetado que inclui atuação em unidades escolares indígenas e participação no desenvolvimento de programas e materiais didáticos que respeitem e promovam as tradições culturais dos estudantes.

A deputada Fátima Canuto destacou a importância do projeto como uma forma de fortalecer a cultura e as tradições indígenas em Alagoas, proporcionando uma educação que respeite as particularidades dos povos originários. Segundo ela, assegurar mais segurança e direitos aos professores é essencial para garantir uma educação de qualidade que mantenha viva a etnia, língua e costumes dessas comunidades.

Além da criação da carreira de professor indígena, a iniciativa prevê que o ingresso dos educadores nessa nova categoria se dará por meio de concurso público de provas e títulos. A estrutura da carreira será dividida em três classes e seis níveis, permitindo progresso nas funções por meio de promoções.

Em paralelo ao trâmite do projeto, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de Alagoas anunciou a inauguração de três novas escolas indígenas, ampliando assim para 19 o número total de instituições voltadas para essa comunidade. As novas escolas beneficiarão os povos Kalankó, Karuazú e Aconã, alavancando não apenas o acesso à educação básica, mas fortalecendo o vínculo cultural e social com suas tradições.

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