Em sua mensagem, Eduardo explicou que sua decisão tem como principal objetivo escapar de uma suposta perseguição política, afirmando que seu mandato estava sendo utilizado como uma “ferramenta de chantagem” pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ele acusou Moraes de agir de maneira autoritária, afirmando que a atual situação do país representa um “regime de exceção”. Com um discurso inflamado, o deputado manifestou sua intenção de se concentrar na busca por “justas punições” contra o ministro e a Polícia Federal, a quem se referiu pejorativamente.
O deputado também refutou qualquer intenção de se submeter ao que considera um sistema coercitivo, utilizando eufemismos para se referir ao evento de 8 de janeiro de 2023, em que manifestantes invadiram a Praça dos Três Poderes. Eduardo chamou essa tentativa de golpe de “golpe de Estado da Disneylândia”, demonstrando sua postura de desdém em relação ao ocorrido e ao tratamento que seu pai está recebendo do sistema judicial.
Ainda não ficou claro por quanto tempo Eduardo permanecerá fora do Brasil, porém ele deixou claro que não retornará até que Moraes seja punido pelos supostos abusos de poder. O deputado estava cotado para assumir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara dos Deputados, entanto, indicou que sua vaga será preenchida por outro parlamentar, o deputado federal Zucco, do Rio Grande do Sul. A decisão de Eduardo Bolsonaro, portanto, pode reverberar nas alianças políticas da Câmara e nos próximos passos do governo, que se encontra em um clima de instabilidade.