Eduardo Bolsonaro Ignora Chamadas da Polícia Federal em Inquérito sobre Atuação nos EUA contra Autoridades Brasileiras



O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, representando o PL-SP, não atendeu a contatos da Polícia Federal (PF) que buscavam esclarecimentos sobre um inquérito que investiga suas atividades nos Estados Unidos em relação a autoridades brasileiras. A PF notificou o Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (6) sobre suas tentativas de contato por meio de dois endereços de e-mail, números de telefone fornecidos pela Câmara dos Deputados e até mesmo via WhatsApp com o número pessoal de Eduardo.

A PF destacou que os registros automáticos indicam que as mensagens enviadas por e-mail foram recebidas conforme os registros de entrega. No entanto, no que tange às tentativas via WhatsApp, ainda não há confirmação de recebimento.

O relator do inquérito no STF é o ministro Alexandre de Moraes, que recebeu a demanda da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. De acordo com a PGR, existem indícios suficientes para caracterizar a coação no decorrer de processos que envolvem membros da Corte. Atualmente, Eduardo está licenciado do cargo e reside nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano.

Além disso, ele teria se encontrado com parlamentares republicanos para debater potenciais sanções que poderiam ser aplicadas ao ministro Moraes, afirmando que não retornará ao Brasil até que o STF seja sancionado pelas autoridades americanas. Seu período de afastamento do cargo se estende até julho.

No dia anterior, o ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF em meio às investigações sobre o comportamento de seu filho nos Estados Unidos. Ele alegou que sua família está enfrentando uma perseguição judicial, afirmando: “A perseguição continua. O trabalho que ele [Eduardo] faz lá é pela democracia no Brasil”. Além disso, Jair informou que transferiu parte das doações que recebeu, através de Pix, para Eduardo, totalizando R$ 2 milhões.

A situação envolvendo Eduardo Bolsonaro levanta questões sobre a legalidade e a ética de sua atuação no exterior, à medida que as investigações avançam e a pressão sobre sua família se intensifica em meio a um cenário político conturbado.

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