Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, esse número representa um marco significativo para o setor. Mesmo com o resultado de dezembro, que apresentou uma pequena queda de 0,1% em relação a novembro, o IBGE considerou esse movimento como uma estabilidade, sem impacto expressivo. Em relação a dezembro de 2023, houve um crescimento de 2%.
A análise trimestral do comportamento do comércio mostrou estabilidade, com uma média móvel de 0%. O IBGE ressaltou que, apesar da estabilidade em dezembro, o comércio brasileiro ficou 0,3% abaixo do ponto mais alto registrado em outubro de 2024.
Segundo Santos, fatores como a expansão da massa de rendimento dos trabalhadores, o aumento do número de pessoas ocupadas e o crédito estável impulsionaram as vendas no comércio ao longo do ano. No entanto, a inflação e a alta do dólar foram apontadas como obstáculos para um aumento ainda maior das vendas, especialmente para produtos de informática e comunicação.
Em relação às categorias de produtos, o destaque em 2024 foi para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que apresentaram um aumento de 14,2%. Outras atividades que registraram expansão foram veículos e motos, partes e peças, outros artigos de uso pessoal e doméstico, material de construção, hiper e supermercados, móveis e eletrodomésticos, tecidos, vestuário, calçados, entre outros.
Por outro lado, algumas atividades tiveram queda nas vendas, como combustíveis, atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, e livros, jornais, revistas e papelaria. Este último segmento vem sofrendo quedas ao longo dos últimos anos devido ao processo de digitalização de seus produtos.
A pesquisa do IBGE envolveu 6.770 empresas formais do setor de comércio em todo o Brasil, com ao menos 20 pessoas ocupadas. Os resultados refletem um cenário positivo para o comércio em 2024, apesar dos desafios enfrentados pelo setor.