ECONOMIA –

Vendas do Tesouro Direto atingem recorde histórico em julho, com R$ 7,26 bilhões em títulos públicos comercializados para pessoas físicas

As vendas de títulos públicos realizados por meio do Tesouro Direto alcançaram um recorde histórico em julho, conforme anunciado recentemente pelo Tesouro Nacional. No último mês, o programa registrou impressionantes R$ 7,26 bilhões em vendas, o que representa um aumento significativo de 25,93% em relação ao mês anterior, quando as transações somaram R$ 5,77 bilhões. Comparando com o mesmo mês do ano passado, o crescimento é de 12,89%.

Embora março tenha registrado o maior volume de vendas já registrado na história do programa, com R$ 11,69 bilhões, este desempenho de julho destaca a crescente adesão dos investidores ao Tesouro Direto, especialmente em um cenário de taxas de juros elevadas. Os títulos atrelados à taxa básica de juros, que correspondiam a 52,9% de todas as vendas, mostraram-se os mais buscados. Já os títulos corrigidos pela inflação, que utilizam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como referência, representaram 24,6% do total. Os papéis prefixados, com taxa de juros fixada no momento da emissão, totalizaram 10,9%.

Um aspecto notável é a crescente popularidade do Tesouro Renda+, destinado a financiar aposentadorias, que pela primeira vez superou a marca de 10% nas vendas. Além disso, o recém-lançado Tesouro Educa+, voltado para a educação superior, conseguiu atrair apenas 1,7% das vendas. O forte interesse por títulos ligados à Selic se deve à taxa elevada, atualmente em 15% ao ano, atraindo investidores em busca de maior rendimento. A expectativa de um possível aumento da inflação também impulsiona o interesse por papéis atrelados ao IPCA.

Em termos de participação no programa, o estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 185,74 bilhões no final de julho, uma alta de 2,99% em relação ao mês anterior e 27,76% na comparação anual. Esse crescimento é refletido pelo aumento das vendas, que superaram os resgates em R$ 3,68 bilhões no último mês.

O número de investidores ativa no programa também cresceu, com 253.621 novos participantes registrados em julho, totalizando quase 33 milhões de investidores. Ao longo do último ano, a base de investidores cresceu 12,6%, com 3,1 milhões de usuários ativos, um aumento de 16,5%.

O perfil dos novos investidores indica uma preferência por pequenos valores, com 79,3% das operações totalizando até R$ 5 mil. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 54,9% das vendas. O valor médio por operação se fixou em R$ 7.494,38, refletindo um comportamento que prioriza papéis de curto e médio prazo, com 39,4% das vendas concentradas em títulos de até cinco anos.

O Tesouro Direto, criado em 2002, visa democratizar o acesso a investimentos em títulos públicos, permitindo que pessoas físicas adquiram esses ativos diretamente pela internet, sem intermediários. As operações no sistema são acompanhadas por taxas reduzidas, facilitando o acesso à população e permitindo que o governo capte recursos para honrar seus compromissos financeiros, oferecendo em troca rendimentos atrelados à Selic, à inflação ou a taxas fixas.

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