ECONOMIA – Vendas de Títulos Públicos pelo Tesouro Direto Atingem Recorde para Junho, Totalizando R$ 5,77 Bilhões em Transações de Pessoas Físicas.

As vendas de títulos públicos para pessoas físicas através da internet atingiram um marco significativo em junho, de acordo com uma recente divulgação do Tesouro Nacional. No mês passado, o programa Tesouro Direto registrou a venda de R$ 5,77 bilhões em títulos, um valor que, embora represente uma queda de 15,91% em relação ao mês de maio, quando as vendas foram de R$ 6,86 bilhões, mostra um crescimento de 1,48% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O recorde geral de vendas foi alcançado em março deste ano, com um montante impressionante de R$ 11,69 bilhões. Entretanto, os números de junho ainda são considerados um indicativo de um mercado em expansão, especialmente no que diz respeito à participação dos títulos vinculados a juros básicos, que foram os mais procurados no último mês, equivalendo a 55,9% das vendas. Os títulos atrelados à inflação, por sua vez, tiveram uma participação de 24,5%, enquanto os papéis prefixados, com taxa definida na emissão, representaram 11,6%.

Uma inovação introduzida neste ano, o Tesouro Renda+, destinado a auxiliar no financiamento de aposentadorias, teve uma participação de 6,2% nas vendas de junho. Por outro lado, o recente lançamento do Tesouro Educa+, que busca acumular recursos para a educação superior, atraiu apenas 1,8% dos investidores.

A razão por trás do aumento no interesse por títulos atrelados aos juros básicos reside na elevação da Taxa Selic, que atualmente se encontra em 15% ao ano, um patamar consideravelmente alto comparado a poucos meses atrás. Assim, a expectativa de novas altas na taxa torna esses papéis ainda mais atrativos. Ao mesmo tempo, os títulos relacionados à inflação atraem os investidores que buscam proteção contra a alta esperada dos índices inflacionários.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 180,35 bilhões ao final de junho, marcando um aumento de 2,41% em relação ao mês anterior. Esse valor também representa um expressivo crescimento de 25,95% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Essa alta se deve em parte à correção dos juros e ao saldo positivo das vendas em relação aos resgates, que superaram os R$ 2,84 bilhões.

No que diz respeito ao número de investidores, 240.498 novos participantes ingressaram no programa em junho, totalizando 32.735.353 investidores. O número de investidores ativos, aqueles com operações em andamento, também cresceu, atingindo 3.044.288, representando um aumento de 13% em relação ao ano anterior. A maior parte das vendas, cerca de 80,5%, foram operações de até R$ 5 mil, com 57,1% delas não ultrapassando R$ 1 mil. O valor médio das operações foi de R$ 7.528,22.

Os investidores têm mostrado uma tendência para papéis de curto prazo, com 40,8% das vendas sendo de títulos com prazo de até cinco anos e 42,6% entre cinco a dez anos. A iniciativa do Tesouro Direto, criada em 2002, visa democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo que indivíduos, sem intermediários, possam investir diretamente em ativos do governo. Para isso, os investidores pagam uma taxa que é descontada nas movimentações dos títulos, favorecendo a captação de recursos pelo governo para o pagamento de dívidas e investimentos em diversas áreas.

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