Essa carta é um marco significativo no processo de formalização de uma doação da União Europeia ao Fundo Amazônia, no valor de 20 milhões de euros, aproximadamente R$ 120 milhões. Para Mercadante, essa contribuição é uma forte demonstração de apoio dos 27 países membros da UE. “É uma sinalização muito importante que contribui para a credibilidade do Fundo Amazônia, conhecido por sua gestão transparente e eficiente, além de seu papel crucial no combate à crise climática global. Nossa capacidade de reduzir o desmatamento em 50% é um indicativo dessa eficiência”, destacou Mercadante.
Jutta Urpilainen ressaltou a satisfação da Comissão Europeia em unir forças com os estados-membros da UE, que também têm manifestado contribuições ao fundo. “Nosso comprometimento vai apoiar os esforços do governo brasileiro e acelerar a luta contra o desmatamento”, afirmou.
Mercadante também destacou a importância da preservação da Amazônia, uma região que concentra 25% da cobertura de florestas tropicais do planeta e abriga cerca de 29 milhões de pessoas. “Além de ser a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia é fundamental para o equilíbrio climático e os recursos contribuem para a conectividade das populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.”
Atualmente, o Fundo Amazônia dispõe de R$ 3,9 bilhões. No último ano, após um período de quatro anos de inatividade, o fundo registrou recorde de investimentos, apoiando 114 iniciativas que vão desde o Arco da Restauração, o maior projeto de restauro de florestas nativas, até o fortalecimento do Corpo de Bombeiros na luta contra incêndios e crime organizado na região. A assessoria de imprensa do BNDES informou que os projetos beneficiam cerca de 240 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis.
Mercadante anunciou ainda a conclusão das negociações com o Banco Europeu de Investimentos para um financiamento de 300 milhões de euros, focado na transição energética, economia verde e digital. “É um empréstimo significativo que, após aprovação pelo Senado Federal, injetará mais recursos na economia”, comentou.
Além da parceria com a UE, o governo alemão e o BNDES anunciaram a liberação de R$ 88 milhões (15 milhões de euros) para o Fundo Amazônia, via KfW, o banco estatal de investimento e desenvolvimento alemão. A Alemanha é o segundo maior doador do fundo, reforçando seu compromisso com a preservação da floresta e a restauração ecológica de biomas brasileiros através do Programa Floresta Viva.
Esse programa também receberá 15 milhões de euros do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) para iniciativas que aumentem a cobertura vegetal com espécies nativas em diversos biomas brasileiros. Os primeiros editais para Manguezais, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica já foram lançados.