Um dos principais fatores que contribuíram para esse desempenho foi a forte demanda por títulos corrigidos pela Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. Em outubro, as vendas de títulos atrelados à Selic totalizaram R$ 2,52 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 1,99 bilhão. Além disso, a data de vencimento de alguns títulos levou os investidores a trocarem esses papéis por novos.
Os títulos ligados aos juros básicos foram os mais procurados pelos investidores, representando 44,6% das vendas totais. Em seguida, os títulos corrigidos pela inflação (IPCA) corresponderam a 38,1%, e os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, totalizaram 12,4%.
Destaca-se também o desempenho dos novos títulos lançados pelo Tesouro Nacional, como o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+, que atendem a demandas específicas de investidores interessados no financiamento de aposentadorias e na formação de uma poupança para o ensino superior, respectivamente.
O interesse dos investidores por papéis atrelados à Taxa Selic é explicado pelo momento atual da economia, que apresenta uma taxa elevada. Com a expectativa de novas altas na Selic e na inflação, os títulos de longo prazo também têm atraído a atenção dos investidores.
Em relação ao número de investidores, nos últimos 12 meses, houve um aumento de 15,4%, totalizando mais de 30 milhões de participantes. A maioria das operações de venda foi de valores menores, abaixo de R$ 5 mil, evidenciando o interesse dos pequenos investidores nesse tipo de aplicação.
O Tesouro Direto, criado em 2002, tem se mostrado uma importante ferramenta de captação de recursos para o governo, permitindo que pessoas físicas invistam em títulos públicos de forma direta e segura. Com um balanço positivo em outubro, o programa continua atraindo novos investidores e se consolidando como uma opção interessante para quem busca diversificar sua carteira de investimentos.