De acordo com Megale, as notícias não terão um impacto significativo no cenário econômico até o final deste ano. Ele ressalta que o PIB de 2022 ainda será fortemente influenciado pela economia global deste ano. O economista acredita que os impactos das medidas adotadas pela equipe econômica só serão percebidos nos PIBs de 2025 e 2026.
Megale identifica desafios para a implementação da reforma tributária, do arcabouço fiscal e para a zeragem do déficit primário. Ele acredita que essas incertezas manterão a inflação acima da meta. Segundo o economista-chefe da XP, a implementação do fiscal será o que influenciará as expectativas inflacionárias.
Questionado sobre o entusiasmo econômico no país, Megale adota uma postura de cautela e afirma que não espera grandes surpresas em relação à inflação e ao câmbio. Ele explica que a elevação do rating do Brasil está relacionada à evolução da gestão econômica, à aprovação da reforma tributária da Câmara e aos ajustes realizados durante a pandemia.
Sobre a redução da taxa básica de juros (Selic), Megale não acredita em mudanças significativas no PIB de 2024. Ele projeta um crescimento de 1% para o próximo ano, mas ressalta que os impactos da política econômica serão sentidos nos PIBs de 2025 e 2026.
Em relação à política monetária, Megale considera pouco provável o aumento da magnitude dos cortes de juros nas próximas reuniões do Copom. Ele destaca que a taxa de cortes será compatível com a perspectiva atual da economia, sendo de 0,50 ponto percentual.
Megale afirma que melhores dados de inflação no curto prazo ou uma valorização do real em relação ao dólar poderiam alterar o cenário atual. No entanto, ele trabalha com a previsão de um dólar a R$ 5,00.
O economista-chefe da XP Investimentos destaca que a implementação do arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária serão determinantes para ancorar as expectativas de inflação. Ele ressalta que há incertezas em relação a essas medidas e que essas incertezas contribuirão para manter a inflação acima da meta.
Sobre a aprovação da reforma tributária na Câmara, Megale considera que ela aborda questões necessárias, como a simplificação e uma melhor alocação de recursos. No entanto, ele aponta desafios na implementação tanto da reforma tributária quanto do arcabouço fiscal.
Em relação ao Senado, Megale acredita que o desafio será reduzir as exceções da reforma tributária. Ele considera mais provável que essas exceções sejam aumentadas, o que resultaria na manutenção do status quo.