De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, essa elevação da desocupação em relação ao trimestre anterior é um padrão comum nesse período do ano. Ela explica que durante a transição do encerramento de um ano para os primeiros meses do ano seguinte, é esperado esse movimento de queda na ocupação.
O número de pessoas desocupadas chegou a 7,5 milhões no período analisado, o que representa um aumento de 10,4% em comparação com o trimestre móvel anterior. No entanto, esse contingente é 12,5% menor do que o registrado no mesmo trimestre de 2024.
Entre os setores analisados pelo IBGE, três apresentaram recuo no número de ocupados: construção, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, e serviços domésticos. A pesquisadora Adriana Beringuy destaca que a redução de vagas no grupo de administração pública também é sazonal e está relacionada ao término de contratos de trabalhadores temporários.
Ainda segundo a pesquisa, o país atingiu um recorde no número de trabalhadores com carteira assinada, totalizando 39,6 milhões de contratos. Isso representa o maior volume desde o início da série histórica, em 2012. Além disso, a taxa de informalidade teve uma leve redução, atingindo 38,1% da população ocupada.
O estudo realizado pelo IBGE considera a situação do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e abrange todas as formas de ocupação, desde empregos formais até trabalhos por conta própria. Esses dados são coletados em 211 mil domicílios em todo o país. Portanto, apesar do aumento na taxa de desocupação, o mercado de trabalho apresenta algumas nuances positivas, como o recorde de trabalhadores com carteira assinada.