O relatório intitulado Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Atualizações de Maio de 2024 destaca a dificuldade em atingir os compromissos da Agenda 2030, firmada pelos 193 estados-membros da ONU em 2015. A meta de garantir “emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos” ainda parece distante, com o progresso sendo considerado decepcionante desde 2015.
Outro ponto abordado no relatório é a questão da informalidade no mercado de trabalho. O documento aponta que, apesar de ter havido uma redução na porcentagem de emprego informal entre 2005 e 2015, o progresso nesse sentido tem sido mais lento desde então. Em 2024, estima-se que a porcentagem de emprego informal seja de 57,8%.
Além disso, a desigualdade de gênero também é uma preocupação apontada pela OIT. Mulheres são desproporcionalmente afetadas pela falta de oportunidades, especialmente em países de baixos rendimentos, onde a disparidade de emprego entre homens e mulheres é maior. Responsabilidades familiares e a presença de mulheres afastadas do mercado de trabalho são citadas como fatores que contribuem para essa desigualdade.
No Brasil, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a taxa de desemprego no país está acima do índice global projetado pela OIT para 2024. No entanto, o índice registrado no trimestre encerrado em abril foi o menor desde 2014, indicando uma melhora na situação do mercado de trabalho no país.
Em resumo, apesar da perspectiva de uma ligeira queda no desemprego em 2024, as preocupações com o ritmo lento do progresso, a persistência das desigualdades de gênero e a questão da informalidade ainda permanecem como desafios a serem enfrentados no cenário global.