Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que as taxas têm mostrado reduções consistentes nas comparações anuais há 46 trimestres, iniciando-se em julho de 2021. A análise dos últimos 12 meses indica que todos os trimestres apresentaram as menores taxas desde 2012, destacando-se os encerrados em abril e março deste ano, assim como os períodos de julho a dezembro de 2024 e de janeiro a fevereiro deste ano.
Uma outra notícia favorável é o rendimento médio do trabalhador, que alcançou R$ 3.426, o maior registro para um trimestre terminado em abril e o mais alto na série histórica, considerando todos os trimestres comparáveis.
Entretanto, o desemprego não é o único indicador a ser considerado. A taxa de informalidade no mercado de trabalho foi de 37,9% nesse mesmo trimestre, apresentando redução em comparação a janeiro (38,3%) e abril do ano anterior (38,7%). No total, o país contabilizou 39,2 milhões de trabalhadores informais entre 103,3 milhões de pessoas ocupadas. A informalidade abrange trabalhadores sem carteira assinada, sem CNPJ e outras condições de emprego menos formalizadas.
É importante ressaltar que a queda na taxa de informalidade foi impulsionada pelo aumento dos empregos formais. Os registros de trabalhadores com carteira assinada mostraram um crescimento de 0,8% no trimestre e de 3,8% em relação ao ano passado, indicando uma tendência de melhoria nas condições de trabalho.
Nos setores analisados, apenas a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais apresentou aumento, com uma alta de 2,2%. Em comparação anual, a indústria geral e o comércio também mostraram crescimento significativo, enquanto o setor agrícola enfrentou dificuldades, com uma queda de 4,3%.
A população subutilizada, que inclui desempregados e aqueles que gostariam de trabalhar mais, se manteve em 18 milhões, de forma estável em relação ao trimestre anterior, mas com uma diminuição de 10,7% em relação ao ano passado. A taxa composta de subutilização se estabeleceu em 15,4%, refletindo estabilidade em relação ao trimestre e queda em comparação ao ano anterior.
Por último, a população desalentada, composta por pessoas que desejam trabalhar mas não buscam emprego por diversos motivos, ficou em 3,1 milhões. Este grupo também apresentou uma redução de 11,3% no último ano, com o percentual de desalentados estabilizando em 2,7%. Essa situação do mercado de trabalho, destacada por especialistas, mostra um cenário de absorção da mão de obra e uma melhora na qualidade do emprego, contribuindo para um ambiente econômico mais promissor.








