O cenário positivo se deve, em grande parte, à redução da população desocupada, que teve uma queda de 9,5% em relação ao trimestre anterior e de 12,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, totalizando 7,4 milhões de pessoas. Além disso, a população ocupada atingiu o número recorde de 102 milhões de pessoas, um aumento de 1,2% no trimestre e de 2,7% no ano.
O nível de ocupação também apresentou avanços, chegando a 57,9% no período, o que representa um crescimento em relação aos trimestres anteriores. Parte da criação de postos de trabalho foi observada no setor informal, que registrou um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior.
A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que a melhoria do mercado de trabalho tem sido impulsionada pelo aumento da renda dos trabalhadores, levando a um aumento do consumo e, consequentemente, à demanda por mais colaboradores. Setores como administração pública, saúde, educação e comércio foram os responsáveis por gerar mais empregos no período.
A geração de empregos formais também tem se destacado, o que demonstra uma melhoria na qualidade do mercado de trabalho. A pesquisadora ressalta que ter carteira assinada traz benefícios e direitos para os trabalhadores, enquanto a formalização de empregos independentes também gera melhores condições de trabalho.
A população subutilizada e desalentada apresentou reduções significativas, sinalizando uma recuperação do mercado de trabalho. Com o rendimento médio real dos trabalhadores subindo 4,8% no ano, a massa de rendimento também teve um crescimento positivo.
Em resumo, os dados divulgados pelo IBGE revelam um cenário de melhora gradual do mercado de trabalho no Brasil, com aumento da ocupação, redução do desemprego e crescimento da renda dos trabalhadores. Esses indicadores positivos apontam para uma recuperação econômica em curso e trazem perspectivas otimistas para o futuro do país.