ECONOMIA – Superávit da balança comercial cresce em abril, mesmo com queda nos preços da soja, do ferro e do petróleo.

No mês de abril, o Brasil registrou um aumento no superávit da balança comercial, mesmo com a queda nos preços da soja, do ferro e do petróleo. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o país exportou US$ 9,041 bilhões a mais do que importou, representando um aumento de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Com um saldo positivo de US$ 27,736 bilhões nos quatro primeiros meses de 2024, a balança comercial brasileira alcançou o maior resultado para o período desde o início da série histórica em 1989, com um crescimento de 17,7% em relação ao ano anterior.

Em abril, as exportações cresceram mais do que as importações, com um aumento de 5,7% nas vendas para o exterior, alcançando US$ 30,92 bilhões, e uma alta de 2,2% nas importações, que totalizaram US$ 21,879 bilhões. O aumento nas exportações foi impulsionado pelo volume de petróleo, açúcar e combustíveis, compensando a queda na exportação de soja e veículos automotores, afetados pela crise na Argentina.

No Rio Grande do Sul, o sexto maior estado exportador do país, as enchentes recentes devem refletir na balança comercial a partir de maio. O estado representa 6,6% do valor total das exportações brasileiras, com destaque para a soja, que corresponde a 18% do total vendido ao exterior pelo estado.

O governo revisou para baixo a projeção de superávit comercial para este ano, prevendo um valor de US$ 73,5 bilhões, em comparação com os US$ 94,4 bilhões previstos anteriormente. A expectativa é de uma queda de 2,1% nas exportações, totalizando US$ 332,6 bilhões, e um aumento de 7,6% nas importações, chegando a US$ 259,1 bilhões.

Apesar da perspectiva mais pessimista do governo, o mercado financeiro projeta um superávit de US$ 79,75 bilhões para este ano, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central. A próxima projeção do governo será divulgada em julho, levando em consideração o cenário econômico internacional e o desempenho das exportações e importações nos meses seguintes.

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