Apesar da queda, o superávit de 2024 é o segundo maior desde o início da série histórica em 1989. O total de exportações atingiu US$ 337,036 bilhões, com uma leve queda de 0,8% em relação ao recorde de 2023, enquanto as importações cresceram 9% e alcançaram US$ 262,484 bilhões.
As estimativas do Mdic apontavam um superávit de US$ 70 bilhões para o ano, sendo que as exportações ficaram acima da projeção de US$ 335,7 bilhões e as importações ligeiramente abaixo dos US$ 264,3 bilhões previstos. O aumento das importações foi impulsionado pelo crescimento econômico, que resultou em um aumento de 17,2% no volume de bens importados.
A soja e o milho foram os principais protagonistas no setor agrícola, com queda nos preços médios devido a condições climáticas adversas, como enchentes na Região Sul e seca no Sudeste e Centro-Oeste. O destaque nas exportações ficou para o petróleo bruto, que ultrapassou a soja como um dos principais produtos exportados pelo Brasil em 2024.
No mês de dezembro, o superávit da balança comercial foi de US$ 4,803 bilhões, com uma redução de 48,5% em relação ao mesmo período de 2023. A queda nos preços das commodities e a alta nas importações foram os principais fatores que influenciaram esse resultado. A expectativa do Mdic para 2025 é de um superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões, com projeções de exportações entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.