ECONOMIA – Superávit da Balança Comercial cai 52,7% em outubro, puxado pela queda nas exportações e aumento nas importações de commodities.



O cenário econômico internacional e a recuperação da economia brasileira impactaram diretamente o desempenho da balança comercial do país no mês de outubro. Com a desvalorização de diversas commodities e o aumento das importações, o superávit comercial despencou em 52,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando um resultado de US$ 4,343 bilhões de exportações a mais do que importações.

O montante acumulado no superávit comercial nos dez primeiros meses do ano alcançou a marca de US$ 63,022 bilhões, representando uma queda de 22% em comparação ao mesmo período de 2023. Apesar da redução, o valor é o segundo melhor registrado para o período desde 1989, quando a série histórica teve início.

A queda nas exportações foi impactada principalmente pela redução dos preços internacionais da soja, do milho, do ferro, do aço e do açúcar. Por outro lado, produtos como café, celulose e carne bovina tiveram um aumento nas vendas, compensando parcialmente a queda dos demais produtos. Já nas importações, destacou-se o aumento nas aquisições de medicamentos, motores, máquinas, adubos e fertilizantes químicos, além do expressivo crescimento nas importações de gás natural.

Os setores agropecuário e de indústria extrativa foram os mais impactados pelos resultados do mês, enquanto a indústria de transformação apresentou um desempenho positivo. O governo revisou para baixo a projeção de superávit comercial para o ano de 2024, com estimativa de US$ 70 bilhões, refletindo a expectativa de queda nas exportações e aumento nas importações.

Com perspectivas mais pessimistas em relação às projeções do mercado financeiro, as incertezas sobre o cenário econômico internacional e a variação das commodities continuam a influenciar o desempenho da balança comercial brasileira, que segue em constante adaptação às mudanças do cenário global.

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