O montante acumulado no superávit comercial nos dez primeiros meses do ano alcançou a marca de US$ 63,022 bilhões, representando uma queda de 22% em comparação ao mesmo período de 2023. Apesar da redução, o valor é o segundo melhor registrado para o período desde 1989, quando a série histórica teve início.
A queda nas exportações foi impactada principalmente pela redução dos preços internacionais da soja, do milho, do ferro, do aço e do açúcar. Por outro lado, produtos como café, celulose e carne bovina tiveram um aumento nas vendas, compensando parcialmente a queda dos demais produtos. Já nas importações, destacou-se o aumento nas aquisições de medicamentos, motores, máquinas, adubos e fertilizantes químicos, além do expressivo crescimento nas importações de gás natural.
Os setores agropecuário e de indústria extrativa foram os mais impactados pelos resultados do mês, enquanto a indústria de transformação apresentou um desempenho positivo. O governo revisou para baixo a projeção de superávit comercial para o ano de 2024, com estimativa de US$ 70 bilhões, refletindo a expectativa de queda nas exportações e aumento nas importações.
Com perspectivas mais pessimistas em relação às projeções do mercado financeiro, as incertezas sobre o cenário econômico internacional e a variação das commodities continuam a influenciar o desempenho da balança comercial brasileira, que segue em constante adaptação às mudanças do cenário global.