ECONOMIA – Setor de Serviços no Brasil Cresce 0,6% em Setembro, Marcando Oito Meses Seguidos de Alta e Superando a Pré-Pandemia.

O setor de serviços no Brasil, que desempenha um papel crucial na economia e na geração de empregos, apresentou um crescimento de 0,6% na transição de agosto para setembro, marcando o oitavo mês consecutivo de alta. Essa sequência de incremento representa um avanço acumulado de 3,3% desde fevereiro de 2023. Quando analisado em comparação ao mesmo mês do ano anterior, setembro de 2024, o crescimento se destaca ainda mais, com um aumento de 4,1%. No total, em um período de 12 meses, a variação positiva é de 3,1%.

Esses números estão solidificando o setor de serviços em seu nível mais elevado já registrado até hoje. Desde abril, as atividades desse segmento registram recordes, superando em 19,5% os níveis do período pré-pandemia, estabelecendo um novo padrão de atividade econômica.

Os dados foram apresentados na Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também se constatou que, na passagem do segundo para o terceiro trimestre, houve uma variação positiva de 0,9%, reforçando a tendência de recuperação e crescimento econômico.

A continuidade do crescimento pelo período de oito meses se equipara ao que foi observado entre fevereiro e setembro de 2022, quando o país passava por um processo de recuperação pós-pandemia. Contudo, neste intervalo, a expansão acumulada foi de 5,6%, revelando uma recuperação robusta, ainda que em um ritmo distinto.

Entre os setores que compõem essa análise, os serviços de transportes, que incluem armazenagem e correios, foram os que mais se destacaram, com uma elevação de 1,2%. As atividades de informação e comunicação também registraram um crescimento de 1,2%, enquanto outros serviços cresceram 1,6%. Por outro lado, o segmento de serviços prestados às famílias e os serviços profissionais registraram leves quedas de 0,5% e 0,6%, respectivamente.

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destacou o transporte como um dos motores do crescimento, responsável por 36,4% do índice geral. O transporte aéreo, em específico, tem visto um aumento significativo na movimentação de passageiros, o que pode ser atribuído a uma melhora na renda da população e uma diminuição nos preços das passagens. Este crescimento é ainda impulsionado pela logística relacionada ao comércio eletrônico, que vem demandando cada vez mais serviços de transporte para a entrega de mercadorias.

No campo do turismo, o índice de atividades relacionadas ao setor teve um pequeno aumento de 0,1% em setembro, com um crescimento acumulado de 5,7% no ano. O turismo continua se recuperando e está agora 11,5% acima dos níveis pré-pandemia. Belém, que se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, registrou a maior alta entre as cidades, com um crescimento de 4,9% em um mês.

Esses dados revelam uma perspectiva otimista para o setor de serviços brasileiro, que mostra sinais claros de resiliência e recuperação após um período desafiador. O acompanhamento contíno da performance desse setor será vital para entender a trajetória econômica do país nos próximos meses.

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