Essa atualização segue a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional, que condiciona o reajuste do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Essa norma, válida de 2025 a 2030, prevê um ganho real entre 0,6% e 2,5% para o salário mínimo.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior, o reajuste seria a reposição da inflação somada a 3,2% – correspondente à variação do Produto Interno Bruto em 2023.
O impacto desse reajuste será sentido por cerca de 59 milhões de pessoas que têm seus rendimentos atrelados ao salário mínimo, como empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, trabalhadores autônomos e beneficiários do INSS.
Além disso, o valor do salário mínimo influencia diretamente nas despesas do governo federal, como os pagamentos de aposentados, pensionistas, beneficiários do BPC, trabalhadores com carteira assinada dispensados e beneficiários do abono salarial (PIS-Pasep).
A Tendências Consultoria estima que a nova política de reajuste do salário mínimo resultará em uma economia de R$ 110 bilhões nos gastos públicos até 2030, sendo R$ 2 bilhões previstos já para 2025. Entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve um ganho real de 77%, acima da inflação, porém, essa política de reajuste ficou interrompida entre 2018 e 2022.
Vale ressaltar que o salário mínimo no Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas. Esse aumento visa garantir melhores condições de vida para a população que depende desse valor como base de seus rendimentos.
