ECONOMIA – Recorde de emprego no Brasil atinge 103,6 milhões de pessoas, impulsionado por aumento tanto dos trabalhadores com carteira assinada quanto sem carteira.



No trimestre encerrado em outubro deste ano, o Brasil registrou um recorde de empregos, com um total de 103,6 milhões de pessoas empregadas. Esse número foi impulsionado tanto pelos postos com carteira assinada quanto pelos empregos informais. O setor privado com carteira assinada alcançou a marca de 39 milhões de empregados, o maior número já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que teve início em 2012.

Comparando com o trimestre anterior (encerrado em julho deste ano), houve um aumento de 1,2% no número de empregados com carteira assinada e uma alta de 3,7% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Já os empregos informais, sem carteira assinada, atingiram a marca de 14,4 milhões, também um recorde na série histórica. Os aumentos nesse tipo de emprego foram ainda mais expressivos, com altas de 3,7% na comparação trimestral e 8,4% na comparação anual.

De acordo com a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o crescimento do emprego com carteira assinada no setor privado foi impulsionado pela indústria, enquanto o aumento dos trabalhos informais foi influenciado pela expansão na construção civil e em outros serviços.

A população informal, que inclui trabalhadores sem carteira assinada e autônomos sem CNPJ, alcançou um total de 40,3 milhões de pessoas, representando um crescimento de 2,1% em relação ao trimestre anterior, um aumento superior ao registrado pelo total da população ocupada, que foi de 1,5%.

Além disso, a taxa de informalidade, que mostra a proporção de trabalhadores informais em relação ao total de empregados, ficou em 38,9%, um leve aumento em relação ao trimestre anterior, mas ainda inferior ao registrado no mesmo período de 2023.

Os setores que mais se destacaram na geração de empregos foram a indústria, com um aumento de 2,9%, a construção, com alta de 2,4%, e outros serviços, com crescimento de 3,4%. A taxa de desemprego ficou em 6,2%, a menor desde 2012, e a população desocupada recuou para 6,8 milhões, o menor número desde 2014.

Em relação aos rendimentos dos trabalhadores, houve um crescimento médio real de 3,9% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$ 3.255. A população subutilizada e a população desalentada também registraram quedas, alcançando os menores índices desde 2015 e 2016, respectivamente.

Esses indicadores do mercado de trabalho refletem uma melhoria consistente na economia brasileira, com recordes de empregos e rendimentos dos trabalhadores, mostrando sinais positivos de recuperação e crescimento.

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