Apesar do aumento positivo na reciclagem, a Abipet destacou a falta de políticas públicas de coleta seletiva como um grande entrave para a destinação correta das embalagens descartadas pelos consumidores. O presidente da associação, Auri Marçon, ressaltou que a ociosidade no setor chega a 23%, com picos de até 40%, impactando diretamente na produção das empresas recicladoras.
A falta de matéria-prima necessária para os processos produtivos das indústrias de reciclagem do PET está levando o setor a um limite preocupante. Toneladas de embalagens são destinadas aos aterros comuns ou descartadas de forma inadequada no meio ambiente, evidenciando a urgência de políticas eficazes para estimular a coleta seletiva no país.
Segundo o Censo, em 2024, 37% da resina reciclada das PETs teve como destino a fabricação de novas embalagens, sendo utilizada principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas. O setor têxtil foi o segundo maior consumidor da resina reciclada, seguido pela indústria química, lâminas e chapas, e fitas de arquear utilizadas em empacotamento e fechamento de caixas.
Diante desses números, fica evidente a importância de políticas públicas efetivas para o incentivo da reciclagem e da coleta seletiva no Brasil. A indústria de reciclagem do PET é fundamental para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do país, e medidas urgentes são necessárias para garantir a continuidade desse importante trabalho.