A economia da região foi duramente afetada pelo acidente, uma vez que a maior parte da atividade econômica gira em torno do transporte rodoviário de cargas na BR-226, importante rota para o escoamento da produção de milho e soja de estados como Mato Grosso, Pará, Tocantins e Piauí. Com a interrupção do tráfego de mais de 2 mil carretas por dia, cerca de 70% das empresas locais tiveram seus negócios impactados negativamente.
Os setores de bens e serviços, incluindo lojas, mercados, postos de combustíveis e restaurantes, foram os mais prejudicados. Empresários ligados à Associação Comercial de Estreito e Região relataram grandes perdas em suas atividades, como a necessidade de demitir funcionários e mudar de cidade para manter os negócios funcionando.
Um dos empresários afetados pela tragédia, Bernardo Maciel, mencionou que a atividade econômica da região despencou, levando diversas empresas a reduzirem suas operações e demitirem colaboradores. O impacto também foi sentido em postos de combustível, cuja venda diária de combustível caiu significativamente.
Além disso, empresas que oferecem peças e serviços para veículos pesados de transporte de carga também sofreram com a queda na atividade econômica. Proprietários relataram que o faturamento diário não é mais suficiente para manter as despesas em dia e que medidas urgentes precisam ser tomadas para evitar demissões.
Diante desse cenário desolador, associações locais ingressaram com uma ação civil pública solicitando medidas emergenciais por parte do poder público, como a criação de um fundo de auxílio às famílias afetadas, abertura e renegociação de operações de crédito e a efetivação do serviço de balsas para o transporte de pessoas e veículos.
O governo federal e o Banco do Nordeste anunciaram repasses e autorizações para auxiliar no enfrentamento da crise nas cidades atingidas. Além disso, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes informou que está trabalhando na operação de retirada dos veículos que permaneceram na estrutura remanescente da ponte.
As buscas pelos três desaparecidos seguem sendo realizadas com o apoio de embarcações e drones aéreos, mesmo com a suspensão dos mergulhos devido ao aumento do volume da vazão do Rio Tocantins. A população aguarda ansiosamente por medidas concretas que possam amenizar os impactos causados pelo colapso da ponte Juscelino Kubitschek.