ECONOMIA – Programa de renegociação de dívidas tira o nome de mais de 6 milhões de brasileiros dos cadastros negativos



Cerca de 6 milhões de brasileiros já conseguiram limpar o nome nos cadastros negativos após renegociarem suas dívidas de até R$ 100. Embora a dívida em si não seja perdoada, os devedores agora estão livres do “nome sujo” e podem buscar novas oportunidades, como contrair novos empréstimos e fechar contratos de aluguel.

Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que realizou um levantamento após dez semanas de implementação do Programa Desenrola Brasil, voltado para renegociação de dívidas de consumidores de média e baixa renda.

Entre 17 de julho e 22 de setembro, foram renegociados cerca de R$ 14,3 bilhões em dívidas, principalmente na Faixa 2, que abrange débitos com bancos para pessoas com renda de até R$ 20 mil sem limite de valor de dívidas. Isso possibilitou o refinanciamento de imóveis e veículos, por exemplo. O montante representa aproximadamente 2,03 milhões de contratos renegociados.

O Programa Desenrola Brasil oferece parcelamento da dívida de 12 a 120 meses, com taxas personalizadas e a primeira parcela a ser paga em até 30 dias. Além disso, a exclusão dos cadastros restritivos é realizada em até 5 dias úteis após a efetivação da renegociação.

Uma novidade é que o Desenrola Brasil entrou em sua segunda etapa nesta segunda-feira (25). Durante três dias, de segunda a quarta-feira, 709 credores participarão de um leilão de descontos em um sistema desenvolvido pela B3, a bolsa de valores brasileira.

Os credores que oferecerem os maiores descontos terão acesso aos recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Com um montante de R$ 8 bilhões provenientes do Orçamento da União, o fundo cobrirá eventuais calotes de quem aderir às renegociações e voltar a ficar inadimplente. Essa medida possibilita às empresas concederem abatimentos maiores no processo de renegociação.

Com o sucesso até o momento, o Programa Desenrola Brasil se mostra uma iniciativa efetiva no combate à inadimplência e na recuperação econômica dos brasileiros de média e baixa renda. A renegociação de dívidas permite que esses consumidores tenham acesso a novas oportunidades financeiras e melhorem sua situação creditícia, contribuindo para a retomada da economia do país.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo