Mesmo com três meses consecutivos de queda na produção industrial, o resultado anual se manteve positivo. Em dezembro, a produção teve uma queda de 0,3%, mas ainda assim foi 1,6% maior do que no mesmo período do ano anterior. Esses números mostram que a indústria nacional se encontra 1,3% acima do nível pré-pandemia de covid-19, em fevereiro de 2020, mas ainda está 15,6% abaixo do ponto mais alto atingido em maio de 2011.
O crescimento de 3,1% em 2024 superou o resultado de 2023, que foi de 0,1%. Nos últimos 15 anos, esse crescimento só ficou atrás dos anos de 2010, com 10,2%, e de 2021, com 3,9%. Vale ressaltar que, ao contrário desses anos, o crescimento de 2024 não foi impulsionado por uma base de comparação de queda.
O gerente da pesquisa, André Macedo, destacou que a expansão da indústria em 2024 foi generalizada, com números positivos em todas as grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos industriais pesquisados. Esse cenário de crescimento pode ser explicado pelo maior número de pessoas empregadas, a redução na taxa de desocupação, o aumento na massa salarial e o crescimento do consumo das famílias, impulsionado por estímulos fiscais, maior renda e mais acesso ao crédito.
Em relação ao mercado de trabalho, o país terminou o ano de 2024 com uma taxa média de desemprego de 6,6%, o menor índice da série histórica do IBGE. Esse cenário positivo mostra que a indústria brasileira está em um momento de crescimento e recuperação, impulsionada por diversos fatores que favorecem a atividade econômica do país.